segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Abraji desconfia de Prêmio Jabá de Jornalismo

Lavaram a minha alma. Se quiser saber por quê, abra o link que ofereço a abaixo. A ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo abriu uma discussão boa. Que conversa é essa de tantos prêmios de jornalismo? Nunca participei de nenhum. O dilema ético meu tem sido o de sempre: quem paga? Como eu, jornalista ambiental, por exemplo, posso escrever sobre meio-ambiente para participar de um prêmio financiado por um poluidor do meio ambiente? 

O artigo no Observatório se chama "Prêmio de Jornalismo não pode ser Jabá".Claro que protesto aqui contra o uso da palavra "jabá". Jabá é uma importante invenção de sobrevivência e eu gosto dela na forma de jabá, carne-de-sol, xarque, carne seca etc. 

Voltando a falar em jabá-prêmio ou prêmio-jabá, gostaria de dizer duas coisas - eu nunca venceria um concurso de jornalismo ambiental patrocinado pela Ford, Prêmio Blaser, Prêmio Boeing de Jornalismo Ambiental, por exempo (de novo). Já imaginou o Prêmio Pedodfilia contra a Exploração Sexual Infantil? Suponhamos que o prêmio fosse pago pela Associação Belga de Pedófilos (ABP)? O que eu escreveria? Hum... 

Claro que eu poderia começar dizendo que a palavra "pedofilia" está criminalizada. Ao pé da letra, pedofilia (ΠAIΔΟΦΙΛΙΑ, em grego, eu acho) significaria "amor por crianças". ΦΙΛΙΑ ou FILIA em grego é uma espécie de amor que não é erótico, nem pronográfico, nem fraternal. É puro. Seria filial? Obrigado ABRAJI!

Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado